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RESUMO DE TESE

Aplicação da cintilografia com 99mTc-leucócitos mononucleares na detecção de focos inflamatórios/infecciosos

Sergio Augusto Lopes de Souza



Os resultados foram comparados com métodos complementares como tomografia computadorizada, ultra–sonografia, ressonância magnética, métodos endoscópicos, laboratoriais e a clínica de cada paciente. A cintilografia com 99mTc–leucócitos mononucleares mostrou ter papel importante em diversas clínicas, por vezes muito específico em algumas doenças. Os percentuais de sensibilidade e especificidade nas diferentes doenças avaliadas variaram de 69% (processos infecciosos em geral) a 95% (febre de origem obscura) e 50% (doença inflamatória intestinal – doença de Crohn) a 100% (doença inflamatória intestinal – retocolite ulcerativa), respectivamente. Na febre de origem obscura do tipo nosocomial a cintilografia com 99mTc–leucócitos mononucleares obteve ótimos resultados, com sensibilidade de 95,8% e especificidade de 92,3%. Na miocardite chagásica, houve captação anormal de 99mTc–leucócitos mononucleares em um terço (34%) dos pacientes. Porém, não foi possível determinar a sensibilidade e a especificidade da cintilografia, uma vez que o método padrão para o diagnóstico de miocardite, a biópsia endomiocárdica, foi realizada apenas em um de nossos pacientes, o qual teve laudo histopatológico de miocardite linfocítica crônica. Verificamos que houve correlação entre as alterações no ECO e na cintilografia. A cintilografia com 99mTc–leucócitos mononucleares teve papel importante na análise de pacientes com próteses ósseas, mamárias e cardíacas, com sensibilidade de 88,2% para as primeiras e 100% para as últimas, e especificidades de 93,7% e 91,6%, respectivamente, Na avaliação das doenças reumáticas observou–se concordância no diagnóstico em 29 dos 51 (57%) pacientes estudados por 99mTc–leucócitos mononucleares e 99mTc–OKT3. Quando comparada a cintilografia com 99mTc–leucócitos mononucleares com o diagnóstico clínico de cada paciente, obteve–se sensibilidade de 83% (25/30) para os pacientes com artrite reumatóide, 33% (1/3) para artrite reumatóide juvenil, 100% (8/8) de especificidade para artrite gotosa e 78% (7/9) para osteoartrite. Nos casos de osteomielite e processos infecciosos, obteve–se 69% de sensibilidade e 100% de especificidade quando comparados exames laboratoriais, culturas hematológicas, exames histopatológicos e radiológicos como ressonância magnética e tomografia computadorizada.


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This work is licensed under an Attribution 4.0 International License (CC BY 4.0), effective June 9, 2022. Previously, the journal was licensed under a Creative Commons Attribution - Non-Commercial - Share Alike 4.0 International License.

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