Ana Maria Genu
CASUÍSTICA E MÉTODOS: Cinqüenta pacientes com suspeita diagnóstica de TEP (30 com TEP positivo e 20 com TEP negativo, detectados no exame tomográfico) realizaram tomografia computadorizada do tórax para avaliação das artérias pulmonares em TCMD com 16 e 10 fileiras de detectores (120 kV, 200 mAs e 1 mm de colimação). Cada exame foi reconstruído em quatro tipos de séries de imagens multiplanares: imagens multiplanares (MPR) de 1 mm e três tipos de reconstrução em MIP, com espessuras de 2 mm, 4 mm e 2 mm, acrescidas de reformatação PRM. Dois observadores avaliaram, independentemente, em estação de trabalho, a presença ou ausência de êmbolos nas artérias principais, lobares, segmentares e subsegmentares dos 50 pacientes em cada uma das reconstruções em MIP, as quais foram comparadas usando-se a reformatação MPR de 1 mm como padrão de referência.
RESULTADOS: As reconstruções em MIP de 2 mm mostraram melhor acurácia, estatisticamente significante, em relação à MIP de 4 mm, com valores de sensibilidade de 100,0 e 100,0 para as artérias principais e lobares, 92,6 e 85,5 para as artérias segmentares, e 94,3 e 86,8 para as artérias subsegmentares. Utilizaram-se as imagens multiplanares de 1 mm como padrão de referência. Todos os pacientes com TEP foram detectados com imagens em MIP de 2 mm. Dois pacientes com TEP não foram diagnosticados com imagens em MIP de 4 mm. Não houve diferença estatisticamente significativa entre a reformatação MIP de 2 mm e 2 mm + PRM na detecção de êmbolos.
CONCLUSÃO: Com um número de imagens equivalente à metade da reconstrução MPR de 1 mm, a reconstrução em MIP de 2 mm conseguiu detectar todos os pacientes com TEP positivo que foram diagnosticados pelas imagens multiplanares de 1 mm, com valores de sensibilidade de 100,0 e 100,0 para as artérias principais e lobares, de 92,6 e 85,5 para as artérias segmentares, e 94,3 e 86,8 para as artérias subsegmentares. O acréscimo de reformatações PRM às imagens em MIP de 2 mm não aumentou a acurácia na detecção de êmbolos, mas melhorou a visualização da continuidade dos êmbolos, principalmente, nas artérias centrais.