Luciana de Pádua Silva Baptista
MÉTODOS: A amostra compreendeu 45 pacientes (43 brancos, 40 mulheres, idade média de 32,5 anos ± 15,5 anos), com tempo de história da doença entre três meses e 34 anos, idade de manifestação do primeiro sintoma em torno de 23 anos. Cerca de 40% dos pacientes apresentavam atividade clínica da doença, 57% estavam em uso de corticoterapia e 30%, em uso de imunossupressor. Valores de velocidade de hemossedimentação e de proteína C-reativa estavam elevados em 63,2% e 52,2% dos pacientes, respectivamente. Foram realizadas seqüências spin-eco, dupla inversão e recuperação (DIR) ponderadas em T1 e densidade de prótons para avaliação do espessamento na parede da aorta. Foi realizada seqüência DIR ponderada em T2 para pesquisa de edema na parede da aorta. Adquiriu-se seqüência angiográfica gradiente-eco (GE) 3D com gadolínio para avaliação do lúmen da aorta e ramos. Através de seqüência GE 2D, verificou-se a presença de realce tardio pelo gadolínio na parede da aorta.
RESULTADOS: Estenose foi o evento angiográfico da aorta mais encontrado (60%), pre
ferencialmente na aorta abdominal. Dilatação foi mais freqüente na aorta torácica (12%), preferencialmente na ascendente. Irregularidade do lúmen e estenose foram os achados mais freqüentes dos ramos da aorta (69%). Espessamento na parede da aorta foi detectado por RM em todos os pacientes com arterite de Takayasu. Edema na parede da aorta demonstrou-se ausente em 56% dos casos e realce tardio esteve presente na maioria (75%) dos casos. Não houve associação dos achados de imagem da aorta por RM com dados clínicos e laboratoriais nos pacientes com arterite de Takayasu.
CONCLUSÕES: Através da análise do lúmen e da parede arterial, a RM, de forma não-invasiva, contribuiu ao diagnóstico por imagem da arterite de Takayasu. Espessamento na parede da aorta pode ser considerado um marcador diagnóstico da doença.