Cláudia Therezinha Salviato Mameri
RESULTADOS: Das 99 pacientes estudadas, demonstraram-se 69 achados adicionais à ressonância magnética em 53. Cinqüenta e um achados eram verdadeiro-positivos (51/69; 73,9%), sendo 16 de maior extensão de lesão única (p = 0,001), 18 de multifocalidade (p = 0,001), 7 de multicentricidade (p = 0,023), 3 de lesão contralateral, 5 de comprometimento linfonodal, 1 de comprometimento muscular e 1 de comprometimento cutâneo. Quarenta e quatro pacientes tiveram seu planejamento terapêutico modificado (44,4%), observando-se não só aumento na indicação de mastectomias (26,8%; p = 0,001) e esvaziamento axilar (25%; p = 0,001), mas também alterações na terapêutica sistêmica (20,2%; kappa = 0,418; p = 0,001), todos conseqüentes aos achados adicionais verdadeiro-positivos da ressonância magnética.
CONCLUSÃO: A ressonância magnética mamária alterou significativamente as indicações de mastectomia, de esvaziamento axilar e o uso de quimioterapia sistêmica no câncer de mama, em virtude da sua maior acurácia, em relação aos métodos de imagem convencionais, para mensurar a extensão de lesão única e ainda detectar multifocalidade, multicentricidade e lesão contralateral.