Marco Antonio Cortelazzo
As variáveis idade, sexo, raça, tabagismo, alcoolismo, grau histológico (G), categorias T e N e estádio clínico foram correlacionadas com a expressão imunoistoquímica destes marcadores. A idade média dos pacientes foi de 60 anos, com predomínio de pacientes do sexo masculino (83,6%), raça branca (80,8%), tabagistas (86,3%), alcoolistas (76,7%), G1+2 (69,9%) e em estádio clínico avançado da doença (72,6%). Não houve diferença estatisticamente significante entre a expressão dos marcadores em questão e as variáveis estudadas. As análises univariadas de sobrevida em cinco anos evidenciaram que a sobrevida específica por câncer foi de 25,1%, sendo significativamente melhor para os pacientes portadores de tumores em categorias T e N iniciais e em estádios clínicos iniciais. A sobrevida global foi de 17,3%, sendo significativamente melhor nos pacientes portadores de tumores em estádios clínicos iniciais. Em relação à imunorreatividade dos marcadores estudados, não observamos diferenças estatisticamente significantes quanto à sobrevida específica por câncer e global. A análise multivariada da sobrevida específica por câncer em cinco anos evidenciou que estádio clínico avançado, grau histológico G3 e imunoexpressão de p53 foram variáveis independentes, associadas a pior prognóstico (p < 0,100). Para a sobrevida global, somente estádio clínico avançado foi identificado como variável independente associada a pior prognóstico.
Conclusão: Pacientes com tumores em estádios clínicos iniciais e/ou G1+2 e/ou que não expressam p53 têm melhor prognóstico.