Eduardo Carneiro Lima
Dos 25 tumores estudados, 11 eram glioblastomas multiformes; cinco meningeomas; duas metástases de adenocarcinoma; um astrocitoma grau II; um astrocitoma grau III; um astrocitoma pilocítico; um ependimoma; um meduloblastoma; uma metástase de sarcoma e um oligodendroglioma anaplásico. Observaram-se redução média de cerca de 16% na relação CO/CRE e redução média de 12% na relação CO/NAA, ambas com significância estatística. Não se constatou alteração da relação NAA/CRE. Observou-se também redução média da largura à meia-altura do metabólito NAA de cerca de 14%, com significância estatística. Não se detectou alteração na largura dos picos dos metabólitos CRE e CO.
Avaliação do dano miocárdico e inervação autonômica do ventrículo esquerdo por imagens de ressonância magnética e medicina nuclear, em pacientes com doença de Chagas
Autor: Paulo Fabiani de Oliveira.
Orientador: José Cláudio Meneghetti.
Tese de Doutorado. FMUSP, 2005.
INTRODUÇÃO: A fibrose miocárdica secundária à doença isquêmica pode ser observada por imagens de ressonância magnética (RM) com a técnica de realce tardio miocárdico. A função autonômica cardíaca pode ser avaliada através da medicina nuclear. A doença cardíaca chagásica caracteriza-se por fibrose miocárdica progressiva e desautonomia cardíaca.
OBJETIVO: Avaliar a presença, localização e freqüência de fibrose miocárdica, sua relação com a função e com a inervação autonômica simpática do ventrículo esquerdo, em pacientes com doença cardíaca chagásica.
MÉTODOS: Os 36 pacientes foram divididos em três grupos: grupo 1 assintomáticos; grupo 2 com eletrocardiograma alterado e função do ventrículo esquerdo normal; grupo 3 com alteração do eletrocardiograma e disfunção de ventrículo esquerdo. Foi realizado estudo de RM cardiovascular (RMC) para avaliar a função do ventrículo esquerdo e, após uso de meio de contraste à base de gadolínio, a fibrose miocárdica. Foi realizado ainda estudo de medicina nuclear para avaliar a desautonomia cardíaca com metaiodobenzilguanidina (MIBG).
RESULTADOS: A fibrose miocárdica esteve presente em 68,6% dos pacientes (25% grupo 1; 81,8% grupo 2; 100% grupo 3; p < 0,001). A desautonomia cardíaca esteve presente em 83,3% dos pacientes (58,3% grupo 1; 75% grupo 2; 91,6% grupo 3; p < 0,001). Os segmentos apical e ínfero-lateral são os locais mais freqüentes de fibrose miocárdica (66,6%; p < 0,001) e de desautonomia cardíaca (65,7%; p < 0,001). A quantidade de fibrose miocárdica aumenta quanto maior a gravidade da doença (p > 0,001). A função do ventrículo esquerdo piora com o aumento da porcentagem de fibrose miocárdica (r = 0,74; p < 0,001). Quanto maior a extensão de defeitos de captação de MIBG, maior é a presença de fibrose miocárdica no ventrículo esquerdo (r = 0,56; p < 0,001).
CONCLUSÃO: A RMC mostra fibrose miocárdica em pacientes chagásicos e, quanto maior a gravidade da doença, mais fibrose miocárdica está presente, pior é a função do ventrículo esquerdo e maior é a desautonomia cardíaca.