José Eduardo Mourão Santos
RESULTADOS: A concordância inter e intraobservador encontrada para a ressonância magnética foi κ = 0,67 (p < 0,001; IC 95% [0,33; 1,0]) e κ = 0,81 (p < 0,001; IC 95% [0,479; 1,0]), respectivamente. Os pacientes classificados nos grupos I e II não apresentaram diferença estatisticamente significante quanto ao padrão e grau de fibrose, o tipo de circulação colateral portossistêmica, os diâmetros das veias porta e esplênica, a espessura da fibrose e a velocidade média e o volume do fluxo sanguíneo portal, tanto pela ressonância magnética quanto pela ultrassonografia (p > 0,05). No entanto, a classificação dos nódulos sideróticos nos dois grupos de pacientes apresentou correlação estatística significante com as medidas do baço, tanto para a ressonância magnética (p < 0,001) quanto para a ultrassonografia (p < 0,05). A concordância na categorização dos nódulos sideróticos entre a ressonância magnética e a ultrassonografia foi regular, com valor de κ = 0,37 (p < 0,05; IC 95% [0,038; 0,661]).
CONCLUSÕES: A ressonância magnética mostrou concordância interobservador substancial e concordância intraobservador quase perfeita. Entre os parâmetros de hipertensão portal analisados, somente as dimensões do baço apresentaram correlação com o número de nódulos sideróticos identificados pela ressonância magnética e ultrassonografia. A concordância na categorização dos nódulos entre a ressonância magnética e a ultrassonografia foi considerada regular.