Carolina Alves Neves
RESULTADOS: Espessamento de parede brônquica (57,14%), bronquiectasias (54,28%) e padrão de perfusão em mosaico (51,43%) foram os achados tomográficos mais freqüentes nesta população. Uma forte correlação foi estabelecida entre escores totais de TCAR com o VEF1 (r = 0,7808, p < 0,0001). O FEF25%-75% apresentou boa correlação com os escores da TCAR (r = 0,6981, p < 0,00001), o mesmo não se observando com a CVF (r = 0,511, p < 0,001). Quando avaliados de forma isolada, alterações estruturais descritas à TCAR também apresentam boas correlações com o VEF1 e com o FEF25%-75%. Observou-se, também, excelente nível de concordância inter e intra-observadores.
CONCLUSÕES: As alterações tomográficas mais prevalentes nesta população foram o espessamento de paredes brônquicas, as bronquiectasias e o padrão de perfusão em mosaico. Uma forte correlação foi estabelecida entre escores totais de TCAR com o VEF1; o FEF25%-75% apresentou boa correlação com os escores de TCAR, o mesmo não se observando com a CVF. Aspectos avaliados de forma isolada à TCAR também apresentaram boas correlações com o VEF1 e com o FEF25%-75%. Os resultados deste trabalho sugerem que tanto a tomografia quanto a função pulmonar podem ser utilizadas como marcadores para o acompanhamento de pacientes com fibrose cística, no nosso meio.