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RESUMO DE TESE

Ultra-sonografia na avaliação de um modelo experimental de esteatose e cirrose em ratos Wistar

Andréia de Seixas Lessa



MÉTODOS: Inicialmente, ratos Wistar saudáveis (n = 276) foram examinados por ultra–sonografia para se estabelecerem parâmetros de normalidade. A seguir, 40 ratos Wistar foram divididos em dois grupos, um deles submetido a dieta com ração padrão e água (grupo controle, n = 10) e o outro grupo submetido ao protocolo de indução de lesão hepática (grupo induzido, n = 30). A indução foi realizada mediante ingesta estrita de dieta líquida alcoólica associada a injeção intraperitoneal de tetracloreto de carbono, três vezes por semana. Os exames de ultra–sonografia incluíram a observação da ecotextura hepática, da relação entre as ecogenicidades hepática e renal (Eco–H/Eco–R) e da presença de ascite, e a aferição do diâmetro transverso do fígado (DT), dos diâmetros ântero–posterior (DAPLD) e longitudinal (DLLD) do segmento posterior do lobo direito do fígado, da área do baço (AB) e do calibre da veia porta (CVP). Foram efetuados nas semanas 0, 4, 8, 12 e 15 de experimento. Após os exames, os ratos eram sacrificados e seus fígados, removidos para análise histológica. Os achados da ultra–sonografia associados à presença de esteatose hepática e cirrose foram identificados e descritos.
RESULTADOS: Os ratos saudáveis e os do grupo controle apresentaram parênquima hepático homogêneo, superfície regular e predominantemente Eco–H < Eco–R (96,4%). DT, DAPLD, DLLD, AB e CVP mostraram distribuição normal. A ultra–sonografia foi capaz de detectar esteatose hepática mediante a observação de aumento difuso da ecogenicidade hepática, que se iguala ou supera a da cortical renal, CVP inferior a 0,21 cm (normal) e ausência de ascite. Os achados da ultra–sonografia que se mostraram relevantes para o diagnóstico de cirrose foram o parênquima hepático heterogêneo e grosseiro, com irregularidade ou nodularidade de sua superfície, a ecogenicidade do fígado que se igualou ou superou a da cortical do rim direito, a medida do CVP maior ou igual a 0,21 cm, e a pesquisa de ascite, cuja presença implicou o diagnóstico de cirrose.
CONCLUSÃO: Este estudo sugere que a ultra–sonografia é um método não–invasivo válido para o diagnóstico e acompanhamento de esteatose e cirrose hepáticas em ratos Wistar.


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This work is licensed under an Attribution 4.0 International License (CC BY 4.0), effective June 9, 2022. Previously, the journal was licensed under a Creative Commons Attribution - Non-Commercial - Share Alike 4.0 International License.

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