Luiz Guilherme Louzada Maldonado
MÉTODOS: Foram estudados 200 ciclos de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) submetidos a protocolos longos com agonista do GnRH e com antagonista do GnRH para o bloqueio dos ciclos, sendo utilizados, para indução e trigger, FSH e LH recombinantes, respectivamente. As pacientes foram subdivididas em dois grupos: o grupo de estudo foi representado por 50 pacientes que foram submetidas a histerossonometria prévia em transferências embrionárias guiadas por US transabdominal, e os resultados destes ciclos foram comparados ao grupo controle, que consistia de 150 ciclos em que se usou o protocolo padrão de transferência embrionária guiada por US transabdominal.
RESULTADOS: Os grupos não apresentaram diferença estatística em relação a idade, causa de infertilidade, espessura endometrial, tipo de protocolo de indução, oócitos recuperados na punção ovariana, oócitos maduros obtidos e número de embriões transferidos. Com relação à transferência fácil, também não houve diferença estatística quando comparado o grupo estudo com o controle (92% x 92%). No entanto, quando foram avaliadas as taxas de gestação e implantação entre os grupos, observou-se um aumento estatisticamente significante para o grupo de estudo x controle - 54% x 26% (p = 0,001) e 30,67% x 11,93% (p < 0,0001), respectivamente.
CONCLUSÕES: Os resultados encontrados demonstram que a realização da transferência embrionária guiada por US transabdominal auxiliada pela histerossonometria prévia do local adequado para a transferência deve ser utilizada de rotina nas clínicas de fertilização assistida, pois as taxas de gestação e de implantação apresentam um aumento estatisticamente significante, trazendo grande benefício para os resultados de ciclos de ICSI.