Renata Cristina Schmidt Santos
MÉTODOS: Neste estudo foram avaliados 50 pacientes, sendo 45 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, 39 da raça branca e 11 da raça negra, com idades entre 43 e 72 anos. Em relação ao sítio primário, avaliaram-se 32 pacientes com tumor na orofaringe, 10 na cavidade oral, 3 na laringe, 4 na hipofaringe e 1 no seio maxilar. Os pacientes foram submetidos a radioterapia em megavoltagem com doses entre 66 Gy e 70 Gy e quimioterapia com cisplatina concomitante. Do total, 26 pacientes foram submetidos previamente a cirurgia. Todos os pacientes foram entrevistados pela enfermeira sobre dados pessoais e hábitos de vida antes do início da radioterapia e quimioterapia; a partir de então, uma vez por semana, foi avaliado o grau de mucosite até completar o tratamento.
RESULTADOS: Em relação ao grau de mucosite, 16% dos pacientes apresentaram grau III, 38% grau II, 30% grau I e 16% não apresentaram alterações na mucosa. Ao se relacionar o grau de mucosite com as características clínicas individuais dos pacientes, da doença e do tratamento, observou-se que 100% dos pacientes diabéticos tiveram o tratamento interrompido por causa da mucosite, o que permitiu verificar significância estatística.
CONCLUSÕES: As características individuais dos pacientes, como idade, sexo, raça, hipertensão e hábito de fumar, e as características clínicas associadas à doença, como sítio primário e estádio da doença, não influenciaram na gravidade da mucosite. Os resultados mostraram que a presença de diabete foi fator significante para a gravidade da mucosite nos pacientes submetidos a radioterapia e quimioterapia concomitantes.